sexta-feira, 18 de junho de 2010

O cangaço na disciplina de História - Por Profª Ana Lucia

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É notório observar que em muitas faculdades do Brasil, e em especial as faculdades de formação dos professores para a Licenciatura de História, ensinam os conteúdos históricos de uma maneira resumida, focalizando mais assuntos como a Era dos descobrimentos, guerras mundiais, fatores políticos e econômicos e globalização.

O conteúdo de Brasil, por exemplo, no curso de História, subdivide-se em vários níveis, cronologicamente sistematizados, tais como Brasil I, Brasil II, Brasil III, que são disciplinas que ensinam a história do Brasil desde o século XVI até os dias de hoje, mas que geralmente o aluno não tem a oportunidade de trabalhar todos eles, obrigando-o a procurar um estudo mais aprofundado, fora dos campi universitários, o que não é bom nem correto que isso ocorra, pois entra o discurso da qualidade do ensino, mostrando que a quantidade está acima da qualidade.

Os professores que trabalham os conteúdos históricos relacionados ao tema Brasil, precisam estar atentos para determinados acontecimentos ocorridos no cenário brasileiro, e em especial no Nordeste, palco de vários movimentos sociais rurais e revoltas que se estenderam em todo território regional, pela relevância de ideais dos revoltosos e que, como sabemos, os aspectos da complexidade das particularidades e as razões que levaram estes indivíduos a adentrarem nesta vida bandoleira e nômade, existem e precisam ser estudadas numa visão científica, analisando, sob vários pontos de vista, porque a história é mutável, e não estática no tempo.




Revoltosos da Coluna Prestes

O fenômeno do cangaço abrange cinco séculos. O nosso país, na sua formação territorial, passou por muitas e muitas lutas, conflitos, derramamento de sangue, conquistas, vitórias, enfim, situações em que o próprio indivíduo, como parte dessa realidade, aparece como elemento principal desse contexto, por tratar-se de um ser histórico.
Fenômeno do Cangaço
Lampião não foi o primeiro dos revolucionários desses movimentos, porém foi um dos mais importantes e representativos, aparecendo como o personagem que não mudou o mundo, com seus ideais na defesa dos fracos e oprimidos (o que é inaceitável, pois todos que utilizavam dessa atividade bandoleira tinham benefícios, tendo sido eles coronéis, jagunços, bandidos, coiteiros, polícia, etc) mas que deixou escrito o seu nome na história, por ter se tornado o mito.


Por: Profª Ana Lucia G. de Sousa



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