Capitão da Mata, o comprador do Chapéu, e sua história

Capitão da Mata, com o chapéu do leilão

Olá, meus querido amigos e amigas...

Esse matuto escritor, vem até esse lugarzinho aqui, nessa roça virtual, escondidinha no meio do mundão da internet, para apresentar a todos vocês um camarada que surpreendeu bastante, com sua história de vida e lutas e com a paixão pelas coisas do sertão, principalmente pela sua ligação com Lampião e o "fantástico mundo do cangaço".

Apresento-lhes o cara que arrematou o belíssimo chapéu de cangaceiro, leiloado pelo autor do blog.

Não conseguiria expressar aos queridos e queridas, que acompanham esse blog, a felicidade contida nas fotos e no texto, nas entrelinhas, enviado a mim, pelo amigo Marcelo, que me contou tudinho sobre sua história e sobre o grupo que "comanda".

Seu nome de batismo é Marcelo de Oliveira e esse jovem, nascido em Governador Valadares-MG em 29 de abril de 1984, saiu ainda garoto, deixando pra trás as amizades de infância, para, junto de seu pai e irmãos, ir morar perto da família, em Igarapé-MG, por conta da perda de sua mãe, tendo o pai que segurar a barra da família, porém, não desanimou e criou os filhos com luta e no trabalho da lida do campo.

Desde pequeno, o Marcelo ouvia as histórias ligadas à Lampião e foi percebendo que se identificava com as lutas e sofrimentos, e sobretudo, com a resistência do povo sertanejo e dos cangaceiros.

Segundo ele, num texto que me enviou, juntamente com fotos suas usando o chapéu que comprou, conforme eu o havia pedido pra colocar aqui, além da temática do cangaço lhe despertar interesse, ainda é apaixonado pelo "arrasta-pé, um baile, um forrozão", coisas que reproduzem a marca do sertão de Lampião.

Marcelo, em sua carta, me fala de como, sentado em sua casa, vendo jornal com seu pai, ouviu falar do último casal de cangaceiros que ainda vivia, Moreno e Durvinha, noticiados em vários jornais na época em que decidiram, após muitos anos de verdadeiras identidades escondidas, revelarem a verdadeira história para filhos e para o escritor João de Sousa Lima, e fala de sua euforia, quando vislumbrou a possibilidade de conhecê-los.

Sem muito conhecimento com computador e internet, foi a uma Lan House e pediu que enviassem um e-mail à redação do Jornal Nacional, pedindo informações sobre o casal de ex-cangaceiros.

Com muita ansiedade, após 13 dias de espera, o menino cangaceiro enfim obteve resposta da edição do jornal, e dizia que ele teria que entrar em contato com o autor do livro que falava dos ex-cangaceiros, do meu amigo João de Sousa, aqui de Paulo Afonso, só que o menino acabou ligando pra o Wolney, que também é pesquisador do cangaço, passando então a contactar uma das filhas do casal, a Lily, que prontamente marcou o dia e a hora de o menino Marcelo, viajar para conhecer o casal que fazia parte direta com as histórias do cangaço, pois estiveram seguindo Lampião nas caatingas, com rifle na mão.

Tendo definido dia e hora, lá se vai o jovem Marcelo ao encontro da história, a qual tem tanta afinidade e gosto. Conheceu os ex-cangaceiros Durvinha e Moreno e ouviu histórias do tempo do cangaço. A sua felicidade e a vastidão de descobertas dessa experiência nem cabem em livro.

A partir de então, o Marcelo, tão afixionado pelo cangaço, decidiu montar um grupo de amigos, do qual é o CHEFE "Capitão da Mata", comandando outros integrantes mineiros do grupo "JUSTICEIROS DA MATA" como o "Escorpion", "Ventania", entre outros, que tem como madrinha a Lily, filha do casal e também apaixonada pelas histórias do cangaço, de modo que, como me explica, a proposta é crescer mais e mais, com o total de 12 integrantes, outros rapazes e moças apaixonados pelo sertão e pelas histórias do Virgulino Ferreira e Maria Bonita, conhecer lugares e registrar tudo.

A seguir, temos um recorte de uma matéria, enviada a mim, escrita a um jornal, do amigo Marcelo, que foi uma forma que ele encontrou de homenagear a cangaceira Durvinha e as coisas do sertão, que gosta demais.

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Dizem que há semelhanças... Será?