sábado, 8 de janeiro de 2011

Eu, passarinho?

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Eu, passarinho?
(mensagem subliminar do meu eu pra mim mesmo)

Não me lembro, exatamente, onde deixei minha cabeça...
Ando esquecendo de tudo, até do braço que  segura
O livro, enquanto passo a página com a outra mão...

Se me dissesse que hoje é dia
De levar o meu gato para passear,
Eu diria, "que gato, que vai gostar
De sair na chuva, para se molhar?"
Então, antes que eu esqueça o resto
Desse poema esquisito, e de que não chove
Há dias, na minha gaiola,
Melhor falar bonito, e enfrentar a questão...
Não tenho gato não, (eu acho...)
Morreu de solidão...
Tenho a profunda impressão
De que, enquanto sonhava quietinho,
Alguém, de propósito, apagava
Coisas de minha mente atrapalhada.
Me esqueci que sou passarinho.


Rubinho Lima
08/01/2011





7 comentários :

  1. Tá chovendo aqui, literalmente... E eu realmente não tenho gato.
    Mas acho que você tem uma certa razão: eu esqueci que sou passarinho.

    :)

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  2. Mas eu ainda não entendi ao certo os três primeiros versos...

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  3. Quis começar com algo que, na minha mísera visão de como você seria, e imaginando que em seguida enfatizaria duas questões, como a de gostar de ler e de harry potter, pelo que percebi, então iniciei querendo sugerir a ideia do termo "OBLIVIATE", como se houvessem apagado a memória do "Eu" poético, além de falar sobre o gosto pela leitura. Consegui mais ou menos expor?

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  4. Aaah... Sim, você conseguiu. :)
    E a chuva, o que seria?

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  5. A ideia era fazer um joguinho de reflexões, e de palavras, pois se é passarinho teria medo do gato, e realmente não o teria mesmo, se está na gaiola, estaria num abrigo e não levaria chuva, mas quando o poeta fala que "há dias que não chove em minha gaiola", eu penso que a ideia é de uma liberdade desse "eu" poeético meio que parcial...
    Seria mais ou menos aquela ideia de estar livre, mas sempre impedido de sair de fato, por alguma razão.
    E o gato, também, e "morreu de solidão", eu acho que entra naquela questão de que sempre temos ideais ou desejos loucos, mas que se esvaem... (morrem, como nasceram)
    Sei lá...
    é tanta viagem que um poeta faz... que nem o poeta dimensiona as outras milhões de análises de sua escrita.

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  6. Espero que um dia conheça a senhora... e espero que tenha gostado desse poeminha, como forma de querer ser seu amigo...

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  7. Eu gostei do poema sim; muito obrigada. Mas o entendi de outra forma, me lembrei de certas coisas passadas...

    :)

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